É um dos livros que mais impressiona sobre a temática dos centros espíritas, não só pelo retrato realista da natureza dos trabalhos que se realizam nesses espaços, mas também pela complexidade das teias que se tecem entre o plano físico e o espiritual. O livro, baseado num caso real, reúne relatos acerca do trabalho desenvolvido nas Casas Espíritas, dando especial lugar à actuação obsessiva dos espíritos desencarnados sobre os trabalhadores e frequentadores. É certo que a obra mostra o incessante trabalho desenvolvido pelos benfeitores espirituais, mas também a necessidade imensa de vigilância, auto-conhecimento e seriedade na reforma íntima de cada um e na responsabilidade quando se assumem tarefas na Casa Espírita. “A verdadeira fortaleza de uma Casa Espírita, do ponto de vista da sua função na Terra, não está nos alicerces de cimento, e sim no estudo e vivência do aspecto doutrinário”.
“Se o desânimo te visitar, serás porta para os perseguidores (…)É preciso permanecermos firmes na pureza doutrinária, caminhando, quanto possível, para que as orientações kardequianas não se percam no caminho (…) devemos evitar a qualquer custo a intolerância, os julgamentos precipitados, limitando-nos a dar demonstrações seguras das orientações de Kardec.” (p.94)