Desafios da mediunidade

Desafios da mediunidade
Título: Desafios da mediunidade
Autor: Raúl Teixeira
Pelo Espírito: Camilo
Género: Mediunidade
Editora: FEP
Observações: 1ª edição, 2021

Mediunidade é uma nova palavra criada por Allan Kardec para designar esse tipo de fenómeno, mas aquilo a que a palavra se refere não é novo nem começou apenas no século XIX. Existe desde sempre. Trata-se da faculdade que algumas pessoas possuem de servir de intermediário entre o mundo físico e o mundo espiritual. O Livro dos Médiuns é o tratado indispensável para estudar tudo o que diz respeito à mediunidade, “sendo o guia e o modelo do estudo a tudo o que diz respeito à fenomenologia paranormal da cultura humana”.

Neste Desafios da mediunidade, Camilo oferece-nos um muito útil resumo d’O Livro dos Médiuns, em formato pergunta-resposta. Na esteira de tudo o que seja relacionamento mediúnico, o autor aborda temas como os objectivos da mediunidade, o seu desenvolvimento, a relação da mediunidade com o espiritismo, os tipos de mediunidade, a acção mediúnica, os fenómenos mediúnicos, a diferença entre animismo e mediunidade, as reuniões mediúnicas, a vivência da mediunidade.

Este é um livro que deixa bem claro que ser médium não é nenhum privilégio, não é um predicado de espírito superior, não é uma condição de santidade ou de estatuto superior. Por isso, os médiuns não podem nem devem ser idolatrados, santificados, beatificados, bajulados, nem objecto de adoração. Isso será uma deturpação completa do que é ser médium.

Os médiuns apenas têm uma capacidade exacerbada. Podem usar essa faculdade para o bem e para o mal e quando usam para o bem não estão a fazer mais do que a sua obrigação. Quando não a usam ou quando usam para o mal é que estão a falhar. A mediunidade é um comvite para a evolução.

 

Citações

“É na Doutrina Espírita que encontramos as informações mais claras e amadurecidas a respeito da mediunidade, o que oportuniza ao indivíduo que queira acercar-se dos seus estudos ou práticas um conhecimento sem mitologias, sem crendices, sem ritualística”. (p.24)

“Nenhuma criatura terrena vive isenta de receber as mais diversas inspirações, superiores umas, inferiores tantas, devendo cada um ajustar-se às que lhe sejam mais convenientes” (p.35)

“Os estudiosos de Espiritismo acabam por descobrir que, mais importante do que lidar com a materialização dos Espíritos, todos devemos unirmo-nos para – o que é mais sábio e decisivo – fazer com que os ‘vivos’ se espiritualizem a fim de vislumbrar os rutilantes caminhos da Vida, seja através da vida terrena, seja por meio da vida imortal” (p.72).