Este foi o 3º livro ditado pela sábia mentora Joanna de Ângelis. Na sua primeira manifestação, a 5 de dezembro de 1945, Joanna de Ângelis apresentou-se como “um Espírito amigo”, designação que igualmente encontramos em “O Livro dos Espíritos”. E é interessante ver que nos seus primeiros livros ditados Joanna de Ângelis privilegia o Amor, a Verdade e a Moral como lentes para interpretar as leis divinas.
No livro Leis Morais da Vida, afirma a própria autora espiritual que se inspirou “no incomparável ‘O Livro dos
Espíritos’, de Allan Kardec, Parte 3ª, ‘Das leis morais’”. “Não pretendemos produzir um trabalho de exegese doutrinária, mas respingar alguns conceitos e opiniões atuais nas nobres e relevantes lições ali exaradas, por considerarmos insuperável e de profunda momentaneidade a Obra Kardequiana, repositório fiel do Consolador, conforme prometido por Jesus. Dividimos o nosso estudo nas onze leis morais, conforme a classificação kardequiana, utilizando-nos de variado assunto para a meditação e a renovação íntima daqueles que se interessam pela Doutrina Espírita, ou que no báratro destes dias de inquietação padecem a sede de Deus, requerem ao Alto respostas imediatas às interrogações afligentes, pedem orientações”, acrescenta ainda Joanna.
Para além de explicar e motivar para seguir as leis morais e divinas, mostra também as consequências de não o fazermos, extrapolando cada lei divina na sua aplicação prática quotidiana. Dá ainda excelentes conselhos sobre como atravessar situações mais complicadas ou de como fazer o evangelho do lar.
Citações
“Na vida, sob qualquer expressão, está manifesto o amor. Mediante o amor animam-se as forças atuantes e produtivas da Natureza, no mineral, no vegetal, no animal, no homem e no anjo.
Dilata, desse modo, as tuas expressões íntimas, dirigindo-as para o bem e não te preocupes com o mentiroso triunfo do mal aparente.
Exalça a vida e não te detenhas na morte.
Glorifica o dever e não te reportes à anarquia.
Fala corretamente e retificarás os conceitos infelizes.
Se te impressionam as transitórias experiências do primitivismo e da barbárie que ainda repontam na Terra, focaliza a beleza e superarás as sombras e inquietações…” (p.8)
“De pouca monta o esforço para ajudar a renovação do próximo, se não ensinar fixado ao exemplo da própria modificação íntima para melhor” (p.11).
“Quando ditosos, os desencarnados, são apenas amigos generosos que intercedem, ajudam e inspiram, mas não podem modificar os compromissos que os seus afeiçoados assumiram desde antes do berço, conforme não se eximiram eles mesmos aos braços da cruz em que voaram no rumo da felicidade.
Quando em desdita no além-túmulo, são para eles inócuas todas as expressões exteriores dos chamados “cultos externos” das religiões terrestres.
A oração ungida de amor, as ações caridosas em sua homenagem refrigeram-nos e ajudam-nos a entender melhor a própria situação, armazenando forças para as reencarnações futuras.
Desse modo, esforça-te para resolver os teus problemas sem perturbar os que agora merecem a justa paz depois das lutas ásperas que sofreram.” (p.16)