Neste livro, tão pouco falado e conhecido, encontramos histórias, História e mensagens encorajadoras que nos ensinam os verbos esperançar e amar. Quando na prece de Francisco de Assis, uma das figuras sobre quem ficamos a saber mais neste livro, rogamos: “Senhor, faz de mim um instrumento da tua paz”, raramente lembramos que instrumentos temos para que assim seja. E o mais importante será as mãos daquele que ama e serve. “A cura do mundo está nas mãos de quem sabe doar amor. Mãos, esses amplificadores portáteis de energia. Mãos que actuam e fazem o bem (…) mãos que se elevam num gesto profundo” (p. 29).
Em cada capítulo – curto em dimensão – encontramos inúmeras frases de elevado alcance espiritual que nos inspiram profunda reflexão e nos humildam perante a nossa tão grande limitação. Um aspecto que sobressai nesta obra é a quantidade de mensagens que se referem, explicando e incentivando, a profunda e verdadeira união. Não por acaso é também esse o apelo que muitos grupos espíritas recebem dos amigos espirituais. Mas o livro inclui ainda mensagens sobre temas como a bondade, a felicidade, o casamento, o valor de um abraço, a esperança, a vida positiva, a calma, a confiança, o sol interior, a mediunidade e a reforma íntima, entre outros.
Também são comoventes os exemplos citados de afinidades espirituais entre companheiros de jornada já desde o tempo de Jesus, como é o caso da amizade entre Lázaro (o autor deste livro) e Jesus.
Acima de tudo, este é um livro de uma beleza tão elevada quanto delicada.
Citações
“É estranho o quanto precisamos conhecer, antes de reconhecer que nada conhecemos. Duas misérias humanas: não saber o que quer; não querer o que sabe”. (p. 27)
“A fé repousa essencialmente sobre a intenção, nem a fé pratica as obras da infidelidade, nem a infidelidade as da fé” (p. 39).
“Você não é espírita, ninguém é espírita” (p. 73)
“O casamento é a universidade do espírito (…) O amor doa a vida, o casamento floresce o coração” (p. 135).
“Um bom coração é um milhão de vezes mais precioso do que a subtileza intelectual” (p. 179).