O Livro dos Médiuns

O Livro dos Médiuns
Título: O Livro dos Médiuns
Autor: Allan Kardec
Género: Doutrinário
Editora: Hellil
Observações: 1ª edição em 2019 (tradutor Arnaldo Costeira), original lançado em 1861 por Allan Kardec

Esta é uma obra fundamental para se compreender a componente de ciência do Espiritismo. Ela trata sobre o fenómeno, natural, da mediunidade, ou seja, da comunicabilidade dos espíritos por intermédio de um médium. Ao complementar o conteúdo de “O Livro dos Espíritos”, publicada anteriormente por Kardec (1857), esta obra detalha com rigor a componente prática do Espiritismo, embora se entenda que sem a compreensão dos ensinamentos do Cristo e da racionalidade da continuidade das existências, a prática da mediunidade deriva num nada de propósitos.

 

Citações

“Quando do lançamento de O Livro dos Espíritos, que marca o advento do Consolador prometido por Jesus, Allan Kardec ao dar-lhe este título quis deixar bem claro e evidente que o mérito da obra pertencia aos seus legítimos autores, ou seja, os Espíritos. Em seguimento à obra básica lança em Paris, em 15 de janeiro de 1861, O Livro dos Médiuns. Também este apresenta o ensino dos Espíritos, como o Codificador ressalta na Introdução, entretanto, é possível observar a sua notável contribuição decorrente de suas pesquisas e experiências nas sessões mediúnicas a partir das narrativas dos Espíritos que se comunicavam. Após rigorosa e metódica observação, à qual também associava o confronto com centenas de mensagens recolhidas de vários países e inferindo a consequente universalidade e concordância dos ensinamentos dos Espíritos, é que Kardec formulava a teoria correspondente.” (Apresentação)

 

“Dissemos que o Espiritismo é toda uma ciência, toda uma filosofia. Aquele que quer conhecê-lo seriamente deve, como condição primeira, se dedicar a um estudo sério e convencer-se de que, mais que todas as outras ciências, ele não pode aprende brincando. O Espiritismo toca em todas as questões que interessam à Humanidade. Seu campo é imenso; devemos encará-lo em suas consequências. A crença nos Espíritos forma sua base, mas ela não é suficiente para fazer um espírita esclarecido, assim como a crença em Deus não é suficiente para fazer um teólogo. Vejamos, então, como podemos proceder ao ensino para levar mais seguramente à convicção.

Que os adeptos não fiquem assustados com a palavra ensino. Não há só o ensinamento dado do alto de uma cátedra ou de um púlpito. Há também aquele da simples conversação. Toda pessoa que procura persuadir outra, seja por meio de explicações, seja por meio de experiências, faz do ensino aquilo que desejamos; que o trabalho traga frutos. Por isso cremos nosso dever dar alguns conselhos, de onde poderão tirar proveito aqueles que querem se instruir por si mesmos. Encontrarão um meio de chegar mais seguramente e mais prontamente ao objetivo.” (Cap. III)