Por altura dos 70 anos do Centro Espírita Allan Kardec, em São Paulo, é publicado um apelo de vários Espíritos nobres a todas as instituições espíritas. Tendo como orientação as bases doutrinárias que Kardec compilou, o apelo é sobre o trabalho, a ordem e a disciplina nas actividades das casas espíritas.
Esta obra não é uma edição comemorativa, mas sim um compêndio bem esclarecido sobre os propósitos maiores de uma Casa Espírita, da conduta cristã necessária no seio das suas actividades e aquela a ser seguida pelos seus trabalhadores. Sublinha ainda a perenidade das directrizes doutrinárias em detrimento de quaisquer modismo, que de quando em vez surgem. O livro surge como alerta amigável, de renovação de ânimos, esclarecimento de dúvidas e orientador ao trabalhador espírita, a partir da força doutrinária do Espiritismo.
Citações
“Quanto a nós, filhos do Evangelho, não convém escrevermos a nossa história com outra tinta senão a da Verdade ou borrarmos, com interpretações pessoais, levianas ou descomprometidas com a programação dos espíritos do Senhor, as páginas luminosas da codificação, escritas por uma fulgurante plêiada de entidades nobres, sob a mais severa lógica, constituindo a mais portentosa revelação” (p. 9).
“O Centro espírita tem, por intrínseco dever, a missão de restaurar o Cristianismo na essência do Evangelho. Isso traduz a sua função e importância na Terra” (p.20).
“Em Espiritismo evitemos as bajulações, os discípulos, os sucessores, porque todos nos nivelamos ao grau de servidores, é só o que desejamos ser. Se apresentarmos os continuadores, daremos um tom de hierarquia clerical que em Espiritismo não existe” (p.37).
“Permanecer com simplicidade de propósito e alma elevada nas bases da doutrina, preservando que sua prática não seja contaminada por modismos e crendices, é atitude nobre, bela e fraterna característica do verdadeiro espírita” (p. 45).
“Tolerância com vigilância, acção fraterna e estudo ininterrupto das obras organizadas por Kardec resolverão todos os problemas” (p.68).