Sermão da Montanha

Sermão da Montanha
Título: Sermão da Montanha
Autor: Rodolfo Calligaris
Género: Desenvolvimento Pessoal e Espiritual
Editora: FEB
Observações: 14ª edição em 2004, lançado em 1964

Em diversos livros, tal como no Caminho, Verdade e Vida [sobre este livro no Invisibillis], é-nos explicado que devemos cumprir os nossos deveres em vida, mas que estes devem ser iluminados pela prece e pelas lições de Jesus. Neste livro, Sermão da Montanha, Rodolfo Calligaris disseca cada uma das frases do Sermão da Montanha, dando-nos precisas orientações sobre o significado de cada uma delas e de como podemos aplicá-las no nosso dia a dia. Por exemplo, no capítulo 22, “O amor aos inimigos”, o autor, que começa sempre com uma citação de Jesus, mostra como os sentimento que nutrimos pelos nossos ‘inimigos’ facilmente nos podem corroer a integridade moral. E isto é facilmente verificado empiracamente quando observamos os espíritos sofredores que se manifestam em salas mediúnicas enfermos de mau carácter, com dores lancinantes, angústias e aflições, que decorrem de crimes ou ações cometidas, no passado, contra o seu próximo. Por tanto, neste particular, devemos ver aqueles que nos fazem mal como analfabetos espirituais’ merecedores da nossa piedade. Assim, em vez de atirarmos pedras de volta, temos de ser capazes de tratá-los fraternalmente, reconquistando-os com bondade. No capítulo 21, o autor recorda que “unicamente a Deus pertence punir, assim os indivíduos como as nações que transgridam os mandamentos de sua Lei, Melhor do que nós, sabe Ele como obrigar os que erram a corrigir o erro cometido contra os semelhantes”.

E repare-se como a ciência já nos diz que temos mais controlo sobre as nossas emoções do que imaginamos, e que temos a capacidade de desligar o sofrimento emocional e as suas consequências para a vida, aprendendo a construir as nossas experiências de forma diferente. Todos nós podemos fazer isso. Porém, mais controlo significa mais responsabilidade. Se não estamos à mercê de circuitos emocionais míticos construídos no cérebro e que funcionam automaticamente, então quem é responsável quando nos comportamos mal? Nós. Não porque somos culpados pelas nossas emoções, mas porque as ações e experiências que temos hoje serão as previsões que o nosso cérebro fará amanhã. Às vezes somos responsáveis por alguma coisa, não porque somos culpados, mas porque somos os únicos que podemos mudar essa coisa. Além do mais, são poucas as pessoas que estão sempre ao nosso lado, o que aumenta a nossa responsabilidade de sermos cientes de quem somos e o que podemos quando isso for necessário, em nós e na nossa vida.

Citações
“Os seguidores de Cristo devem dar-se a conhecer pelos esforços que empreendam em favor da paz. Sejam, pois, vossos pensamentos, palavras e acções uma contribuição constante no sentido de erradicar do mundo (começando primeiramente por nós) a inveja, as suspeitas, o ódio, a vingança e o espírito de contenda.” (p. 30)