A narração do livro começa 50 anos depois da destruição de Pompeia, quando o espírito, após uma vivência como senador romano Publio Lentulus, reencarna agora como escravo, o personagem escravo Nestório, já que o seu “orgulhoso coração havia espezinhado os escravos” na sua vida pretérita. Já Pompílio Crassus da obra “Há dois mil anos” ressurge agora na reencarnação de Helvídio Lucius. A personagem principal é Célia, “um anjo pairando acima de todos as contingências da Terra.” (p. 9). Emmanuel (o Espírito que pela psicografia de Francisco Cândido Xavier relata estas suas reencarnações do passado) alerta-nos assim: “Lê esta história e medita. Os exemplos de uma alma santificada no sofrimento e na humildade ensinar-te-ão a amar o trabalho e as penas de cada dia.” (p. 10).
Quem leu Há dois mil anos não poderá deixar de conhecer a continuação da vida de alguns dos intervenientes no respaldo das oportunidades da reencarnação, tal como retratado neste romance. A mesma recomendação pode ser feita para as obras Renúncia e Ave, Cristo!, todos do mesmo autor espiritual, Emmanuel, que prossegue narrando suas reencarnações pela Terra. Emmanuel refere que este volume não relaciona, de modo integral, a continuação das experiências purificadoras do antigo senador Lentulus nos círculos de resgate dos trabalhos terrestres. Pois, esta é a história de um sublime coração feminino que se divinizou no sacrifício e na abnegação, confiando em Jesus, nas lágrimas da sua noite de dor e de trabalho, de reparação e de esperança.
Em toda esta série de livros há dois pontos fundamentais que tornam a sua leitura imprescindível: 1) o facto de conseguirmos ver a trama da reencarnação e seus efeitos, como que‘ao vivo, e com todas as suas consequências lógicas e detalhes, os quais revelam a grandeza da sabedoria de Deus; 2) podermos sentir-nos mais próximos dos ensinos de Jesus à época em que tudo estava a começar, avivando-os no nosso coração.
Hino do Entardecer
Louvado sejas, Jesus!
Na aurora cheia de orvalho,
Que traz o dia, o trabalho,
Em que andamos a aprender.
Louvado sejas, Senhor!
Pela luz das horas calmas,
Que adormenta as nossas almas
No instante do entardecer…
O campo repousa em preces,
O céu formoso cintila,
E a nossa crença tranquila
Repousa no teu amor.
É a hora da tua bênção
Nas luzes da Natureza,
Que nos conduz à beleza
Do plano consolador.
É nesta hora divina,
Que o Teu amor grande e augusto
Dá paz à mente do justo,
Alívio e conforto à dor!
Amado Mestre abençoa
A nossa prece singela,
Faze luz sobre a procela
Do coração pecador!
Vem a nós! Do céu ditoso,
Ampara a nossa esperança,
Temos sede de bonança,
De amor, de vida e de luz!
Na tarde feita de calma,
Sentimos que és nosso abrigo,
Queremos viver contigo,
Vem até nós, meu Jesus!…